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As abelhas sem ferrão desempenham um papel vital na polinização e no equilíbrio dos ecossistemas. “Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais, não haverá raça humana”. No entanto, por muito tempo, o ser humano negligenciou suas responsabilidades em relação a outras espécies coexistentes e ao meio ambiente.

Hoje, estamos cientes dos danos causados pelo desmatamento, queimadas, caça predatória e outros males que afetam o mundo em que vivemos. Reconhecemos que precisamos aprender a existir em harmonia com as diversas espécies que compartilham o planeta conosco, e as abelhas são essenciais nesse contexto.

Albert Einstein afirmou que “se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência”. Embora possa parecer uma afirmação sensacionalista, é fácil entender a importância das abelhas ao observar o papel fundamental que desempenham na polinização das plantações de frutas, legumes e grãos. Cerca de 80% das plantas dependem da polinização para se reproduzirem.

A importância das abelhas na preservação do planeta e do equilíbrio dos ecossistemas

A presença das abelhas em nosso ecossistema afeta nossa vida diariamente, mesmo que não percebamos. Como restaurante, nossa missão é expressar nossos valores por meio de experiências memoráveis, e um desses valores é a sustentabilidade. A polinização realizada pelas abelhas é responsável por aproximadamente dois terços dos alimentos que consumimos. Manter colmeias sem ferrão em nossa propriedade aumenta a produtividade das culturas alimentares e garante a segurança alimentar da humanidade.

Infelizmente, o uso excessivo de pesticidas e agrotóxicos tem causado a morte de abelhas. Esses produtos químicos também prejudicam a polinização e colocam em risco todo o ecossistema. Estudos têm mostrado que o pólen está contaminado com diversos pesticidas e fungicidas.

O resultado desses comportamentos é alarmante. Na Europa e América do Norte, entre 50% e 90% das populações de abelhas desapareceram. Nos Estados Unidos, cientistas alertam para a Síndrome do Colapso das Colônias, na qual milhões de colmeias desapareceram em apenas seis anos. Mesmo em Portugal, um dos países menos afetados, estima-se que cerca de 3,5 milhões de abelhas tenham morrido entre 2004 e 2007.

É essencial tomarmos medidas para evitar o colapso global que seria causado pela extinção das abelhas. Investir em uma gastronomia livre de agrotóxicos, desenvolver remédios para proteger as abelhas contra doenças e preservar espécies nativas sem ferrão são algumas das ações possíveis.

Como parte de nossos esforços de preservação, cultivamos colmeias inofensivas aos humanos e compartilhamos informações relacionadas, como este post, para conscientizar mais pessoas sobre a importância da preservação das abelhas. Queremos ajudar as pessoas a perceberem que o mundo não pertence apenas a elas, e, apesar de sua dimensão, ele cabe em uma caixa.

Abelhas Jataí

A abelha Jataí é uma espécie dócil e genuinamente brasileira. Elas não representam perigo. Possuem cabeça e tórax pretos, abdômen escuro e pernas pardacentas, com até quatro milímetros de comprimento. Dentro da colmeia, estão divididas em várias categorias:

• Operárias: responsáveis pelos afazeres na colmeia, como cuidar da rainha, auxiliar na oviposição, armazenar pólen e controlar os estoques de mel.
• Soldados: encarregados da segurança da colmeia, voam próximo à entrada para impedir a aproximação de invasores.
• Machos: não ajudam nas tarefas da colmeia, pois sua função é deixar a colmeia para se reproduzir e nunca mais retornar. Seu crescimento visa apenas a possibilidade de passar seus genes durante a reprodução com outras rainhas virgens.
• Rainhas: são raras dentro da colmeia, pois apenas uma rainha acasalada é necessária para cada colmeia.

Uma colmeia de Abelha Jataí vista por dentro. É possível ver ao centro o disco onde são depositado os ovos e, nas laterais, os copos de pólen e mel

Entre dois e 45 soldados estão sempre posicionados na entrada da colmeia para defender o ninho. Existem dois tipos de soldados da Abelha Jataí. Um tipo fica dentro do tubo e detecta abelhas da mesma espécie que não pertencem à colmeia. O segundo tipo voa próximo à entrada do tubo e defende contra intrusos voadores que não são da espécie. Durante a noite, o tubo é selado e reaberto apenas no dia seguinte.

Referência bibliográficas:
Extinção das abelhas provocaria extinção em 4 anos
Abelha Jatai: SOS abelhas sem ferrão
Apicultura.gov